As bíblias tanto católicas como protestantes possuíam um mesmo conteúdo até que no concílio de Trento, em
a) Justificação pelas obras (Tobias 4.7-11);
b) Mediação dos santos (Tobias 12.12);
c) Ódio aos samaritanos (Eclesiástico 50.27-28);
d) Oração pelos mortos (2 Macabeus 12.44-45);
e) Magia como meio de exorcismo (Tobias 6.8).
Portanto, os livros inseridos na Bíblia católica possuem doutrinas que não se harmonizam com o restante das Escrituras Sagradas e nunca foram aceitos pelos judeus como inspirados por Deus (na lista dos livros considerados inspirados, escrita pelo historiador judaico Flávio Josefo, ele omite os apócrifos, mesmo os conhecendo em seus dias), admitindo-os apenas como “ históricos” e de conteúdo inferior e secundário às demais Escrituras. Até o famoso tradutor da Bíblia latina, Jerônimo, recusou-se a traduzir os apócrifos em sua versão das Escrituras, só o fazendo parcialmente depois.
O fato de a tradução do Antigo Testamento em grego (LXX – Septuaginta) trazer os apócrifos em seu texto não é prova suficiente de que os mesmos eram aceitos como escritura inspirada como são considerados os demais textos, pois a versão mais antiga que possuímos desta tradução grega é datada do IV século d.C. e não sabemos, portanto, se os apócrifos já faziam parte do texto original. Além disso, nem Jesus, nem qualquer um dos escritores do Novo Testamento os citou em alguma de suas várias (cerca de 350) referências aos textos do Antigo Testamento.
Referência Bibliográfica
Manual de Respostas Bíblicas, Paulo Sérgio Batista, págs. 81-82, editora Betesda
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